sexta-feira, 11 de abril de 2008

O principal sintoma da bronquite aguda é a tosse, que pode durar várias semanas. Quando a tosse é muito prolongada, deve-se diferenciar a bronquite da asma e da pneumonia. No início a tosse costuma ser seca (sem catarro), mas com o tempo surge uma secreção espessa e clara, que pode acabar tornando-se esverdeada ou amarelada. Outro sintoma é a dor no peito, que pode piorar quando o indivíduo inspira. Febre também pode estar presente.
O médico geralmente faz o diagnóstico apenas com a história clínica. Às vezes, para excluir pneumonia, pode ser solicitada uma radiografia de tórax. Em alguns casos, pode ser necessário o exame do catarro, o que permite, às vezes, identificar o agente causador. Porém isso não é necessário, na grande maioria das vezes.
A maioria dos casos resolve-se espontaneamente, não requerendo tratamento. Como a doença geralmente é causada por virose, não é necessário o uso de antibióticos. Para alívio da tosse, recomenda-se a realização de nebulização, que ajuda a amolecer a secreção e facilita sua eliminação. O uso de antitussígenos geralmente não é indicado, pois a tosse é um mecanismo protetor dos pulmões; sem ela, a secreção se acumula no interior deles, tornando-se um ótimo local para a proliferação de bactérias, podendo levar a quadros de pneumonia. O indivíduo deve parar de fumar, pois isso acelera a melhora, além de prevenir outras doenças pulmonares no futuro.
A bronquite crônica é um quadro de inflamação prolongada das vias aéreas, estando associada à obstrução irreversível das mesmas. Praticamente todos os casos, ocorrem pelo efeito nocivo do cigarro nos pulmões. Acomete geralmente indivíduos mais idosos, que fumaram durante longo período de suas vidas. Junto com o enfisema pulmonar, a bronquite crônica compõe o espectro da DPOC.
Os sintomas apresentados são a tosse com catarro, a dificuldade para respirar e o chiado no peito (durante as crises de piora). O indivíduo pode apresentar também coloração azulada nas pontas dos dedos, ao redor dos lábios e na ponta da orelha (cianose), nos casos mais graves.
Geralmente o diagnóstico é feito em indivíduos com os sintomas descritos acima, presentes há bastante tempo, e com relato de tabagismo pesado de longa data. Os exames realizados são a radiografia do tórax e a espirometria.
O primeiro passo para o tratamento é parar de fumar. Sem isso, os medicamentos são inúteis. Esses compreendem os mesmos grupos utilizados no tratamento da asma. Nos casos mais graves pode ser necessário o uso de oxigênio.

Nenhum comentário: